Deutsches Reich

Mensagem à comunidade internacional a respeito do grupo maurense

Munique, 4 de julho de 2020.

Aos Estados aliados e parceiros da Alemanha,

A Sua Sereníssima Alteza Imperial, o Arquiduque da Áustria,
Secretário Imperial de Relações Exteriores,

À Comunidade Internacional,

Senhoras e senhores,

1. Na noite de ontem, a Secretaria Imperial de Relações Exteriores rebaixou a entidade “Províncias Unidas” de Maurícia ao status de grupo paramicronacional. A medida foi tomada com firme fundamento no instituto da reciprocidade, já que aquela associação havia, ainda em maio último, designado o Império Alemão da mesma forma.

2. Em sua mensagem, o Secretário Arquiduque da Áustria recomendou, ademais, ao Conselho Imperial da Alemanha, que considerasse a conveniência de declarar estado de hostilidade contra o grupo paramicronacional já mencionado, em resposta aos reiterados ataques, políticos ou não, dirigidos à integridade material e imaterial deste Império. Importa explicar que o instituto do estado de hostilidade foi estabelecido pela Emenda Constitucional nº 3, em 2018, e se destina à instrumentalização de uma resposta organizada do Estado alemão contra ameaças que se apresentem contra nossa soberania.

3. Depois de curto debate, o Reichsrat decidiu não acatar a recomendação dada pela Secretaria Imperial de Relações Exteriores. Consideramos, em essência, que a galvanização dos corpos de defesa e instituições alemãs em torno de uma situação de hostilidade, sendo naturalmente carregada de importante simbolismo e exigindo esforço político significativo, deva somente ser invocada contra outros Estados, e que a aplicação da emenda constitucional mencionada constituiria portanto desperdício de recursos à luz, afinal, do fato que o grupo paramicronacional maurense é, com efeito, um ator não-estatal.

4. Contudo, ainda que tenhamos tradicionalmente dispensado a noção de guerra no contexto micronacional, gostaríamos de chamar a atenção das senhoras e dos senhores para a realidade de um outro conflito que enseja obstinada batalha da parte de todos os Estados e indivíduos bem-intencionados de nosso hemisfério. Já na declaração da II Conferência de Estados Micronacionais, a parcela mais representativa dos países lusófonos havia identificado um embate que se prova cada dia mais insidioso. O parágrafo 4 da Declaração daquela conferência, de forma muito esclarecida, ao mencionar a existência do mais variado tipo de assédio e abuso, muitas vezes de forma pública, dentre nossa comunidade, trouxe a compreensão de que há na lusofonia uma batalha sendo travada, na verdade, entre a civilização e a barbárie.

5. Enquanto a maioria dos Estados e micronacionalistas lusófonos prefere orientar suas relações internacionais e pessoais pela urbanidade, pelo respeito e pela maturidade, existe claramente um outro grupo que sob influência da caterva maurense conduz sua atividade através do mais variado tipo de ataque subjetivo, da conjuração de ululantes mentiras, do recorrente abuso moral. É o substrato da lusofonia, o restolho intencionalmente maligno que se propõe a destruir tudo aquilo que não consegue humilhar à submissão — e o nome disso é bullying.

6. Infelizmente, os responsáveis pela covarde ousadia deste bando somos nós. Todo bully, todo valentão prospera na falta de reação. Por anos permitimos que os abusos perdurassem em público, por décadas fomos os facilitadores remissos de indivíduos que somente encontram realização na mais absurda violência. Nos acomodamos na cegueira de nossa falta de solidariedade e, com isso, permitimos que o próximo sofra com os impropérios delirantes e infantis que se escondem por detrás da pseudopolítica em prosa bem pontuada. Somos culpados por omissão, e chegou a hora de nos redimirmos.

7. Devemos, enquanto comunidade, estar investidos, pessoalmente e para além da atividade micronacional, na identificação do abuso e da ofensa em todas as mídias por onde circulamos, e nesta luta contra o barbarismo precisamos lembrar que temos aliados importantes: as plataformas utilizadas diariamente na comunicação micronacional oferecem, todas, as ferramentas necessárias à retificação do bullying. Não só a tecnologia nos cede os meios para que, através da denúncia, da moderação ou banimento, possamos nós mesmos coibir esse tipo de ação nos grupos, páginas e comunidades virtuais de que formos membros ou onde possuirmos autoridade, como também as plataformas, a exemplo do Facebook e Discord, possuem regras de convivência para preservação do respeito e da urbanidade e coibição de bullying, que suplantam as normas e os costumes micronacionais instituídos ao longo dos últimos trinta anos, e cuja estrita aplicação devemos buscar.

8. Assim, a Alemanha insta a todo Estado e todo indivíduo micronacionalista que passem a utilizar as ferramentas de denúncia presentes no Facebook e em outras redes sociais quando se depararem com postagem ou comentário ofensivos, abusivos, que constituam assédio ou bullying, ou que sejam de qualquer forma nocivos à convivência em comunidade, para que as autoridades de administração de páginas e grupos, bem como a administração das próprias plataformas, possam tomar as providências cabíveis. Seremos intransigentes com estes selvagens demonstrando que cada sílaba digitada e que cada palavra dita terá consequência em todos os níveis possíveis.

9. Nossa história com Maurícia acaba aqui. É hora de virarmos a página para que se termine com a noção de que o desrespeito e a mentira fazem parte da prática micronacional. É hora de sermos solidários e cuidarmos uns dos outros, de denunciarmos a subjetivação da política internacional e os abusos contínuos, em público ou privados, para mostrarmos que os patifes não têm lugar na civilização, e enfim excluirmos do nosso meio aqueles que são incapazes de conviverem em comunidade. É hora de sermos intolerantes.

Saudações alemãs,

 

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