
Moços de Câmara
Tradicionalmente, as cortes dos monarcas e dos membros da realeza europeia possuíam, entre os seus funcionários, os Moços de Câmara ou Camareiros, cuja função era a de guardar a "câmara", isto é, os aposentos reais. Com o tempo, o cargo tornou-se meramente cerimonial, sendo aliviado de qualquer obrigação oficial.
A Corte do Príncipe Konrad Otto, no entanto, retomou a essência do título e expandiu-a. Os "Kammerherren", nome alemão da posição, acompanham permanentemente o Príncipe, autorizam e proíbem a entrada nos seus Apartamentos, proveem a sua educação, aconselham-no, mantêm e organizam a sua agenda e supervisionam as medidas de segurança que o envolvem. O exercício da função implica um comprometimento total com o Príncipe, sendo vedado aos camareiros casarem-se ou constituírem família, porquanto exercerem o cargo. Assim, assumir este cargo é, primeiramente, uma demonstração de total devoção à Monarquia e ao Reich Alemães.
Entre os 11 camareiros do Príncipe encontram-se médicos, economistas, filósofos, especialistas em segurança, historiadores, antigos diplomatas e mesmo pessoas sem formação universitária, como a sua autoritária governanta Adelaide. As suas idades variam entre os 22 e os 67 anos e três destes camareiros são, na verdade, mulheres - uma inovação introduzida pelo Príncipe numa instituição tradicionalmente dominada pelo sexo masculino.