Vyšehrad, Praga, 2 de abril de 2020 – Edição 30

Karel z Vyšehrad é entronizado Rei da Iugoslávia

Com ato solene celebrado em Belgrado começa uma nova etapa da história daquele país sob o mando do filho primogênito da Casa de Vyšehrad

Belgrado – Com a pompa e circunstância que uma ascensão ao trono representa, as principais cabeças coroadas do mundo e outras autoridades nacionais e estrangeiras se congregaram na capital iugoslava para testemunhar a entronização solene de Alexandre II, já reinante desde a abdicação de seu predecessor em 28 de fevereiro passado.

Diante dos olhares dos dinastas da Casa de Hohenzollern, Guilherme III da Alemanha,  Carlos III da Prússia, Venceslau V da Boêmia e João I de Nova Inglaterra, além dos monarcas de Andorra, Bulgária, Escandinávia, Espanha, França, Manso, Rússia e Turquia, bem como o patriarca vaticano, o grão-mestre da Ordem Soberana de Malta, o presidente platino e o vice-chanceler francês, Alexandre II recebeu as insígnias de sua autoridade régia e jurou a constituição iugoslava ladeado pelo primeiro-ministro Pyotr Bezukhov e do presidente da Assembleia Nacional Vladimir Dragovic.

Este último, ao tomar a palavra, celebrou o momento histórico para todos os nacionais iugoslavos e exaltou a unidade do Estado multiétnico criado no reinado controverso de Oscar I, sob o qual haviam diversas dúvidas quanto a sua capacidade de inserir a Iugoslávia como um ente legítimo da comunidade europeia configurada pelo Tratado de Neuchwanstein. Nas palavras de Dragovic, o povo iugoslavo “deposita sua fé, esperança e sonhos de glória, paz e prosperidade. Vós sois a luz que guiará nosso reino em meio à escuridão e as inconstâncias do mundo, sois nosso porto seguro, a personificação de nosso Estado, nosso povo, nosso sangue. Unidos, vamos segui-lo em sua grande jornada até o fim de seu reinado, e que para sempre ele seja inesquecível e insuperável”.

Por sua vez, o monarca recém-entronizado expressou em seu discurso uma especial saudação ao seu pai, o rei da Boêmia, e a seu irmão, o rei da Nova Inglaterra, delineando que a partir dos vínculos de seu núcleo dinástico, “as três coroas [da Casa] de Vyšehrad muito oferecerão ao mundo”, bem como sinalizou o seu profundo compromisso de contribuir com o desenvolvimento coletivo da Europa, um traço que indica qual será a principal característica de sua política diplomática com a inserção da Iugoslávia como um player do Congresso de Füssen. Ainda sobre o marco histórico de início do reinado, circulou no dia anterior seu decreto adotando um novo escudo-de-armas para o Estado, o qual abandona algumas referências heráldicas deixadas pelo predecessor e assume conteúdos mais atrelados ao universo simbólico tradicional da Iugoslávia.

Da equipe editorial do VN desejamos ao rei Alexandre II da Iugoslávia nossos votos de boa sorte e sucesso.