O Reino da Boêmia (Königreich Böhmen, Království České) e sua capital, a cidade de Praga, é a sede da monarquia imperial desde a eleição de Sua Germânica Majestade o Imperador Fernando V, também Rei da Boêmia desde 2019.

A história do Reino remonta ao tempo da Restauração alemã, quando foi fundado no ano de 2005. À época, a Boêmia era um dos Estados constituintes de breve existência do Império Austro-Húngaro, nação posteriormente unificada ao Reich no Anschluss, de 2006. A entidade estatal boêmia, por efeito do tratado austro-germânico, foi dissolvida e seu território incorporado à coletividade das Terras da Coroa Imperial, configuração mantida desde então.

O renascimento boêmio, no entanto, começaria a ocorrer onze anos depois, em 6 de junho de 2017, com a criação nobiliárquica do irmão do imperador Guilherme III, Ferdinand Heinrich von Hohenzollern como Conde de Vyšehrad. A partir da antiga cidadela fortificada de Praga, cuja construção remonta o século XI, começava o processo de resgate da história tcheca no âmbito do Reich.

A próxima estação desta trajetória ocorreu em 22 de julho de 2018 com o restabelecimento do conde Ferdinand como Burgrave de Praga, posição mantida até a mesma data no ano seguinte, quando o Reino foi finalmente restaurado como um Estado do Império.

O brasão de armas

O brasão boêmio, tal como grande parte do acervo heráldico alemão, foi criado por Sua Sereníssima Alteza Imperial, o Margrave de Königsberg, comissionado por Sua Germânica Majestade, o Imperador Guilherme III Luís, para a criação do Reino da Boêmia como um dos Estados do Império em 22 de julho de 2019..

Com escudo de goles, carregado com um leão rampante de prata, com calda bifurcada, coroado, armado e lampassado de ouro, encimado pela Coroa de São Venceslau. No lugar de um manto, muito presente nos armoriais estaduais, o escudo é adornado por ramos de tílias, um símbolo tradicional da cultura tcheca representando a paz, a proteção e a unidade do Estado.

O chamado Estandarte do Leão Branco, criado a partir do brasão, é um dos símbolos mais facilmente reconhecíveis em todo o país e representa a força do orgulho do único Estado eslavo do Império.

As sedes da Coroa Germânica – após a eleição imperial do Rei da Boêmia – e da Coroa de São Venceslau estão no Castelo de Praga, uma enorme cidadela que abrange diversos palácios, catedrais e diversos edifícios públicos relacionados com a governança do Estado e da Casa Imperial na cidade que duplamente serve tanto como capital do Reino, quanto do Império.

Construído a partir do século IX, o Castelo de Praga reúne o coração da monarquia liderada pela Casa Real de Vyšehrad. Em suas instalações estão abrigados os órgãos do governo estadual centralizados na Assembleia da Boêmia, o centro nevrálgico da monarquia em que os oficiais a serviço da Coroa se reúnem diante do trono para traçar, junto de Sua Majestade, os rumos da administração pública local.

Integram a Assembleia, sob a presidência do Marechal do Reino (atualmente, o Príncipe Herdeiro), os governadores provinciais, a nobreza boêmia e os membros da estação equestre estadual residentes na Boêmia (Ordem de Vyšehrad e Ordem de Carlos IV).

Uma particularidade da monarquia boêmia é a ausência de uma constituição codificada. O funcionamento do Estado, com toda sua estrutura administrativa e jurídica, está previsto em um conjunto de normas e estatutos instituídos pela Coroa. O Rei determina todos os processos governamentais, investindo autoridades com competências sobre áreas específicas e setores especializados.

O Castelo de Praga com destaque para o Palácio Real (bloco frontal), a Catedral de São Vito (ao centro), ladeada pelo Salão de Vladislau (plenário da Assembleia), as torres gêmeas do campanário da Basílica de São Jorge, seguida do Palácio Rosemberg (sede da Reichslegion) e a Residência do Governador de Praga (ao fundo).

Ao lado, o Trono do Leão Branco, no Salão de Vladislau.

Província da Boêmia
(Plzeň)

Província de Praga
(Praga)

Província da Morávia
(Brno)

Província da Silésia
(Opava)