Origens
A Casa de Hohenzollern é uma dinastia de príncipes, eleitores, reis e imperadores de Hohenzollern, Brandemburgo, Prússia, do Império Alemão e da Romênia. A família se elevou em torno da cidade de Hechingen, na Suábia, durante o século XXI e adotou o nome do castelo Hohenzollern.
O primeiro ancestral da família de que se tem registro foi Burcardo I de Zollern, morto em uma disputa em 1061. O segundo membro documentado da dinastia é Frederico I de Zollern, que foi, provavelmente, filho ou neto de Burcardo.
A ascensão da casa se baseou na lealdade às famílias reais e imperiais. O título de conde de Zollern foi concedido pelo sacro imperador Henrique V, a quem Frederico I serviu, sendo inclusive enviado em missão diplomática à França. Frederico também acompanhou o imperador em suas expedições italianas em 1110 e 1111, em que Henrique V pretendia reclamar a coroa imperial em Roma, e foi mencionado como conselheiro do imperador em 1111 e 1114, ambas as vezes enquanto a comitiva imperial estava em Estrasburgo.
Frederico III foi um seguidor leal de Frederico Barbarossa e Henrique VI. Em 1185 casou-se com Sofia de Raabs, filha de Conrado II, Burgrave de Nuremberg. Depois da morte de Conrado II, que não possui filhos homens, Frederico III recebeu o título em 1192, como Burgrave Frederico I de Nuremberg-Zollern. O nome da família passou a ser, a partir daí, Hohenzollern.
Depois da morte de Frederico III, seus filhos repartiram as terras da família entre si:
- O irmão mais velho, Frederico IV, recebeu o condado de Zollern e o burgraviato de Nuremberg em 1200 de seu pai, assim fundando o ramo da Suábia da Casa de Hohenzollern, que permaneceu católico.
- O irmão mais jovem, Conrado III, recebeu o burgraviato de Nuremberg de seu irmão em 1218, assim undado o ramo da Francônia da Casa de Hohenzollern. Membros da linha da Francônia eventualmente se tornaram o ramo de Brandemburgo-Prússia, havendo eventualmente se convertido ao protestantismo.
Ramo da Francônia
O ramo cadete da Francônia foi fundado por Conrado I, Burgrave de Nuremberg. No início do século XVI, este ramo se tornou protestante e decidiu expandir-se através de matrimônios e aquisição de terras vizinhas. A família apoiou os governantes Hohenstaufen e Habsburgo do Sacro Império Romano-Germânico durante os séculos XII a XV, sendo recompensada com várias concessões territoriais.
Na primeira fase, a família gradualmente adicionou pequenas aquisições na região da Francônia, como Ansbach, em 1331, e Kulmbach, em 1340. Na segunda fase, a família se expandiu ainda mais longe, adquirindo o Margraviato de Brandemburgo em 1417 e o Ducado da Prússia em 1618, nas regiões da Alemanha e da Polônia.
Estas aquisições transformaram a família de uma pequena dinastia de príncipes em uma das mais importantes casas da Europa.
Ramo de Brandemburgo-Prússia
Em 1411 Frederico VI, Burgrave de Nuremberg, foi apontado governador de Brandemburgo para restaurar a ordem e estabilidade. No Concílio de Constança de 1415, o rei Segismundo elevou Frederico ao ranque de Eleitor e Margrave de Brandemburgo como Frederico I, permanecendo desta forma até 1618. Em 1618, o margrave João Segismundo tornou-se duque da Prússia através de seu casamento com a filha mais velha do duque Alberto Frederico da Prússia, que morreu sem filhos homens, resultando em união pessoal com Brandemburgo e na criação de Brandemburgo-Prússia.
Em 1701 o título de rei na Prússia foi concedido sem a elevação do ducado da Prússia à dignidade de reino dentro do Sacro Império. A partir deste ano os títulos de duque da Prússia e Eleitor de Brandemburgo estariam sempre anexados ao título de Rei na Prússia. O duque da Prússia adotou o título de rei enquanto Frederico I, estabelecendo seu status como monarca cujo território real estava fora das fronteiras do Sacro Império, com a permissão de Leopoldo I. Frederico não podia ser rei da Prússia porque parte das terras prussianas se encontravam sob suserania da coroa do Reino da Polônia.
Esta situação perdurou até 1772, quando o ducado da Prússia foi elevado à dignidade de reino. Frederico o Grande, sucessor de Frederico Guilherme, ganhando a região da Silésia durante as Guerras da Silésia, fez com que a Prússia emergisse como grande potência europeia, assumindo o título de rei da Prússia.
Imperadores Alemães
Em 1871 foi proclamado o Império Alemão, com a coroação de Guilherme I ao novo trono imperial. Os títulos de Rei da Prússia, Duque da Prússia e Eleitor de Brandemburgo estiveram também anexados ao título de Imperador Alemão.
O Ministro-Presidente da Prússia Otto von Bismarck convenceu Guilherme II de que Imperador Alemão, no lugar de Imperador da Alemanha, seria mais apropriado, fazendo, com efeito, que o rei da Prússia se tornasse o primus inter pares entre demais soberanos alemães.
O Império Alemão foi dissolvido em 1918, com a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, e restaurado em 2005 por Guilherme III, bisneto de Oskar, quinto filho de Guilherme II.
Hohenzollern-Pellegrini
Com a restauração do Império Alemão em 2005 por Guilherme III, que havia sido adotado pelo rei da Itália Francesco III Pellegrini, a casa foi oficialmente renomeada Hohenzollern-Pellegrini, tendo representantes em Maurícia, Romênia e Esparta.
Ramo de Maurícia
O ramo de Hohenzollern-Woestein, chefiado por Lucas Frederico, segundo filho de Sua Majestade, atualmente governa as Províncias Unidas de Maurícia.
Ramo da Romênia
O ramo de Hohenzollern-Agiaden, chefiado por Rodrigo Egon Mariano, terceiro filho do Imperador, foi estabelecido com a criação do Principado da Romênia. Rodrigo também é diarca de Esparta.
Ramo de Vyšehrad
O ramo de Hohenzollern-Vyšehrad, foi estabelecido com a criação do condado de Vyšehrad e concessão do mesmo a Fernando, irmão do Imperador.