Königreich Württemberg

Do Palácio de Ludwigsburg,

Escutai, escutai!

Desde as torres de Ulm até os bosques sombrios da Floresta Negra,
desde os portais do Reno até os confins do Danúbio,
desde os montes da Antiga Alsácia, até os penhascos que guardam a velha Prússia —
escutai o que vos proclama o Trono de Württemberg!

Aos vinte invernos e verões passados desde que o antigo Trono Imperial foi reerguido entre as ruínas do tempo, no dia de ontem consagrado à Memória Viva da Germânia, eu, Frederik II, Rei de Württemberg, Burgrave da Estugarda, Conde Palatino de Daun, Senhor de Eifel e Grão-Mestre da Ordem da Floresta Negra, curvo-me em honra e reverência ante o feito sagrado da Restauração Imperial.

Quando a Deusa Áclis silenciou-se e a linhagem real outrora perdida foi reencontrada pelo olhar penetrante do Cervo Sagrado, ergueu-se das cinzas o Império Alemão — não pelo braço de um homem, mas pelo pacto silencioso entre os eleitos do destino e os antigos espíritos das florestas germânicas.

Na alvorada desta nova era, o Restaurador, Wilhelm III Ludwig, cuja memória habita os salões de Wallhala, selou o primeiro pacto — e ao seu lado estavam os fundadores, cavaleiros e visionários das nações germânicas reunidas. Mas é sob o cetro de Ferdinand V, Augusto Imperador, Rei dos Reis da Germânia e Senhor dos Povos Germânicos, seu irmão e herdeiro, que este Império tomou verdadeira forma e vigor.

Jamais antes os Oito Estados da Germânia Restaurada haviam caminhado tão unidos, tão distintos em seu brilho e tão uníssonos em seu destino. Jamais antes tantas Ordens, Domínios, Reinos, Grão-Ducados, Principados e Ducados haviam dançado sob a mesma bandeira, à sombra do mesmo carvalho milenar.

Hoje, portanto, damos graças às forças sagradas da Floresta Negra, ao Cervo Sagrado que guia os passos dos eleitos, e às visões ancestrais que acendem em nossos corações a fidelidade eterna.

Neste mesmo espírito, agradeço humildemente a concessão do Burgraviado de Estugarda, joia de Württemberg, depositada sob minha guarda como suserano legítimo e fiel do Império. E com igual júbilo recebo a nomeação como Condestável da Ilustríssima Ordem do Cisne, dignidade rara entre os povos da Germânia, insígnia que pesa menos por vaidade e mais por serviço, como deseja a vontade da Ordem.

Que meus feitos, portanto, sejam dignos do olhar do Imperador, do brado dos Senhores, e do júri invisível da Floresta, pois é a Ela que prestarei contas ao fim dos meus dias.

Marchamos adiante, fiéis ao Estandarte Imperial, mas conduzidos pelos sinais das folhas e pelos rastros do Cervo.
Que venham os próximos vinte anos, e que o Império seja eterno não por pedra ou espada — mas pela memória viva de seus filhos e filhas.

 


Friedrich II,
Rei de Württemberg
Conde Palatino de Daun
Condestável da Ilustríssima Ordem do Cisne