Orden des Schwarzwalds

Ritual de Investidura da Mãe da Floresta

Proclamado sob a Sombra das Antigas Árvores e pela Vontade do Altíssimo

A todos quantos esta Proclamação virem ou dela tiverem conhecimento, sejam saudados em paz e temor sagrado.

Seja por esta Proclamação notório e público que Nós, Frederik II, pela graça de Sua Germânica Majestade Imperial, Rei de Württemberg, Conde Palatino de Daun, Conde de Riedenberg, de Šternberk, Barão de Richtenberg, Senhor de Eifel, Grão-Mestre da Ordem da Floresta Negra, Chefe da Casa Real de Württemberg-Riedenberg, no exercício de Nossa régia prerrogativa estabelecida pela graça imperial de Sua Germânica Majestade e pela Constituição do Império Alemão, e por direito ancestral Grão-Mestre da Orden des Schwarzwalds – Ordem da Floresta Negra, em obediência à voz do passado e aos sinais do invisível, fazemos saber e declarar o que segue:

Tendo Nós observado os sinais, os presságios e os méritos, e tendo sido confirmada sua estirpe régia, sua pureza de conduta, sua alma consagrada e sua aliança com as forças silentes da Terra Antiga, proclamamos, em voz régia e sob juramento, que:

Maria Karolin von Württemberg, será doravante conhecida e venerada sob o título de:
Mãe da Floresta, Alta Guardiã dos Mistérios, Senhora do Véu Verdejante e Primeira Voz da Schwarzwald.

Em noite sem lua, nas entranhas da Schwarzwald, a clareira do Alto Véu é preparada com tochas acesas em óleo de pinheiro e cânticos murmurados.

Assim como na fundação da Ordem, há 940 Primaveras apenas o Senhor de Württemberg se posta em frente a Forasteira, armado não para combate, mas para proteção do sagrado. Ao centro, em altar improvisado com pedras musgosas e raízes entrelaçadas, repousa um relicário: o galho fossilizado da Árvore do Juramento, supostamente nascido da mesma terra onde Conrad I prostrou-se diante do Cervo.

A mulher eleita, envolta em manto verde musgo e ornada com folhas secas de carvalho negro, caminha descalça até o altar. Traz nas mãos uma pequena taça de prata preenchida com água colhida ao amanhecer na nascente de Bebenhausen.

Ela se curva diante do relicário e, sem palavras, toca a testa ao solo, reconhecendo os espíritos antigos e sua missão.

Então, em voz alta e solene, proclama:

“Que nesta noite eterna nasça minha voz,
não como voz minha, mas como voz da Floresta.
Que meus pés jamais se percam,
meu coração jamais se feche,
e minhas mãos jamais vacilem,
para que eu seja não senhora,
mas serva do Cervo,
e Mãe de todos os que virão depois de mim.”

O Rei Frederik II, Grão-Mestre da Ordem, aproxima-se portando o Cálice de Conrad, forjado em ferro e prata, onde se mistura o vinho das primeiras uvas de Württemberg e a água das Fontes Antigas. Em silêncio, derrama-o sobre a testa da sacerdotisa, selando o Primeiro Pacto da Floresta com o trono.

Em seguida, fixa-lhe no braço direito o Bracelete das Folhas Eternas, forjado em ferro entalhado com runas antigas. Este será o símbolo de sua missão: guardar os segredos, transmitir os ritos e zelar pelos caminhos invisíveis.

A nova Mãe da Floresta ergue o Báculo das Três Idades – feito da madeira caída da Floresta e adornado com prata lunar – e, entoa o Cântico do Primeiro Despertar, composto por versos esquecidos em dialeto arcaico suábio, que invocam os nomes das forças imemoriais da Schwarzwald.

O Rei em sinal de respeito a Mãe da Floresta Negra, Alta Guardiã dos Mistérios se ajoelha. Um silêncio místico desce sobre o bosque, como se a própria floresta estivesse escutando.

Em seguida, a Alta Sacerdotisa parte sozinha em vigília. Entra na floresta profunda e dormira sob a copa do Grande Carvalho de Conrad. Quando retornou, ao alvorecer, é reconhecida como Mãe da Floresta, Alta Guardiã dos Mistérios, Senhora do Véu Verdejante e Primeira Voz da Schwarzwald.

A partir deste dia, nenhum ramo será quebrado sem sua bênção, nenhuma Guardiã será escolhida sem sua palavra, e nenhum rito será selado sem que ela invoque o nome do Cervo.

E assim se cumpre o início da linhagem sagrada da Orden des Schwarzwalds.

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Dado e passado na Fortaleza de Hohenneuffen, sob as bênçãos da lua e o sussurro do Cervo Sagrado, no segundo mês do ano da Restauração, reinando Nós sobre Württemberg com justiça e temor a Deus.

Frederik II
Reichsverweser
König von Württemberg
Pfalzgraf von Daun
Großmeister des Schwarzwälder Ordens