Großherzogtum Mecklenburg

 

Sua Augusta Majestade Imperial, Ferdinand V,

 

É com profunda honra e elevado senso de responsabilidade que recebo das mãos de Vossa Majestade os títulos e direitos sobre as terras do Grão-Ducado de Mecklenburg. Comprometo-me a servir seu povo com justiça, enquanto guardo com lealdade e dedicação as fronteiras mais ao nordeste de Vosso Império.

Reconquistar a dignidade de Príncipe Imperial não figurava entre as aspirações que, até recentemente, considerava viáveis. Digo isso porque este Império tem, entre seus reis e grão-duques, um corpo de soberanos e príncipes cuja capacidade e talento na condução de suas atribuições são inquestionáveis. Que se distinguem pelo altíssimo grau de excelência no fazer micronacional, sendo verdadeiramente notáveis em suas respectivas esferas de atuação. Não pude deixar de questionar se estaria eu à altura desta nobre responsabilidade.

Para melhor expressar este sentimento de respeito e genuína admiração, recorro às teorias micropatriológicas que, em 2006, viveram um período de rica produção, enriquecido, inclusive, por importantes contribuições de Vossa Majestade Imperial e de Sua Majestade, o Rei de Hannover.

Um artigo de Felipe Aron, publicado no Pravda 50 e, posteriormente, na Revista de Estudos Micropatriológicos da Fundação Teobaldo Sales, apresentou uma organização de classes sociais micronacional baseada nas concepções clássicas dos pioneiros da esquerda portoclarense no final da década de 1990.

Tomando por base a dinâmica do escambo pré-capitalista aplicado ao contexto micronacional, esses teóricos propuseram uma classificação dos cidadãos em notáveis, notórios, esporádicos e inativos. Sempre me considerei um notório, e as coroas neste Império são tradicionalmente reservadas aos notáveis.

Mais do que isso, o profundo respeito que nutro por esta nação e por seu projeto micropatriológico sempre me levou a crer que minha recente esporadicidade – e, em certos períodos, minha própria inatividade – mesmo enquanto, sob a confiança de meu pai, O Restaurador, me foram confiados a Valáquia e, posteriormente, o Grão-Ducado de Luxemburgo, não contavam a meu favor.

Arrematava meus cálculos de capital político e social para alcançar um dos tronos de vosso Império o fato de reinar em terras estrangeiras. No entanto, como fez o Imperador falecido, Vossa Majestade Imperial não ofereceu senão apoio, colaboração e confiança a todo tempo. Sei que os anos de amizade e de produção conjunta no micronacionalismo, em diferentes nações, nortearam Vosso julgamento na decisão de receber-me entre Vossos Príncipes Imperiais.

Prometo, perante Vossa Majestade e perante o Império, empregar todo meu esforço e dedicação para que o Grão-Ducado de Mecklenburg se torne um território de desempenho notório, sempre mirando, como meta, a construção de uma produção micronacional verdadeiramente notável.

Pelos laços familiares, pelos longos anos que passei neste Império, e pela absoluta consonância entre nossos propósitos e nossa visão de um micromundo plural, multicultural e atento à micropatriologia, comprometo-me a governar de modo que as coroas que agora carrego operem em harmonia, símbolos da confiança que Vossa Majestade Imperial deposita em mim hoje, assim como, outrora, depositou em mim o povo de Esparta, no final da década de 2000.

Neste equinócio de outono, sob os olhos atentos de Carpo, a Hōra outonal, dos frutos da terra, do solo farto de vida, levanto-me como Grão-Duque de Mecklenburg. Destas planícies dos mil lagos, nos litorais do Mar Báltico, seguindo os passos do próprio Príncipe Niklot, ancestral destas terras, faço meu o lema do Grão-Ducado de Mecklenburg: Per aspera ad astra. Através das adversidades, até as estrelas.

Desde o Schwerin Schloss, aos 20 dias do mês de março de 2025.


Großherzog von Mecklenburg