Königreich Preußen
Regnum Borussiae
Santa Coroa Prussiana
Casa Real
Berlim

aibam todos os que estas Régias Letras lerem, ouvirem ou delas tomarem ciência, seja em tempos presentes ou vindouros, que ao décimo dia do mês de março, no ano do dois milésimo vigésimo quinto da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob os auspícios do Altíssimo, cuja divina providência orienta o curso das nações e dos corações dos príncipes, no fulgor de suas cogitações e sob o peso das muitas responsabilidades que lhe cabem por direito divino e humano, dirigir-se aos povos, aos dignitários eclesiásticos e seculares, bem como àqueles que, dentro e fora dos domínios que lhe estão confiados, devotam-lhe estima, respeito e obediência. Pois não é sem longa meditação, nem sem considerar o juízo da História e o dever perante a posteridade, que um monarca toma a pena para dar ciência de desígnios que tocam não apenas seu destino pessoal, mas o da Coroa, da Fé e dos muitos que de sua palavra dependem. Assim, impelido pela necessidade de tornar pública uma resolução que há muito repousa em sua consciência e que, após madura ponderação, se manifesta agora em ato consumado, viu por bem Sua Majestade Prussiana


AROLUS QUARTUS HENRICUS, nascido Conde Alfons-Filip von Hohenzollern zu Bistritz, por intercessão da Divina Providência e sob a Augusta Benevolência de Sua Imperial e Germânica Majestade, magnificente e altaneiro Monarca da Prússia, onde ostenta Sua Santa Coroa, cujo domínio se estende desde os confins etéreos de Memel a Lick, na aurora resplandecente do Oriente, até as veneráveis ribeiras de Putzig a Deustch Krone e Thorn, no crepúsculo solene do Ocidente, Senhor supremo das antigas e históricas terras que vão da nobre Pomerânia até os sítios augustos de Brandemburgo, onde foi feito gloriosamente Margrave, etc etc etc traz saber sua


Carta de Renúncia aos Ofícios Eclesiais

À Santa Sé, aos Príncipes da Igreja, e a todos quantos estas palavras chegarem,

Com o peso da Santa Coroa Prussiana sobre a fronte e a solenidade que impõe a voz dos séculos, dirigimo-nos a Vós nesta hora para declarar, não sem ponderação e gravidade, a decisão que repousou longamente sobre Nosso espírito e que agora se impõe como necessidade incontornável.


Por longos e muitos anos, servimos a Deus e à Cristandade não apenas como Rei, mas também como Príncipe da Igreja, assumindo os altos encargos de Cardeal Camerlengo e Arcebispo de Mainz, honrarias que nos foram confiadas não como meros títulos, mas como encargos de custódia e zelo pela Fé, pelos fiéis e pelas sagradas tradições que nos precederam. A Igreja e o Reino, para Nós, não foram jamais esferas opostas, mas antes duas faces da mesma missão, ambas exigindo de Nosso coração e de Nossa consciência fidelidade inabalável e diligência absoluta.


Entretanto, há tempos que as obrigações impostas por ambos os tronos — o da Igreja e o da Monarquia — pesam sobre Nossos ombros de maneira que não mais podemos ignorar. A administração dos assuntos do Reino, com suas urgências e desafios, exige de Nós dedicação plena e ininterrupta, impossibilitando o zelo e o serviço adequado que os ofícios eclesiais requerem. Porquanto nenhum homem pode servir a dois senhores sem que um deles reste preterido, não desejamos incorrer na indignidade de prestar à Santa Igreja um serviço que não seja inteiro e irrepreensível.


Por esta razão, e com espírito de humildade diante da Vontade Divina, comunicamos Nossa renúncia aos ofícios que nos foram confiados no seio da Santa Igreja, resignando o título e as responsabilidades de Cardeal Camerlengo, bem como o Arcebispado de Mainz, entregando-os novamente às mãos do Beato Patriarca e do Colégio dos Cardeais, para que melhor servo e pastor seja elevado à dignidade que ora deixamos.


Não se trata, contudo, de um afastamento da Fé, pois esta, inquebrantável, habita Nossa alma, nem tampouco de um distanciamento da Santa Igreja, cujo altar sempre reverenciaremos e cujos desígnios sempre honraremos. Nossa renúncia não é a de um filho que se aparta de sua casa, mas a de um homem que reconhece o limite de sua mão e a necessidade de confiar a outros as rédeas de um encargo que já não pode cumprir com a justeza que lhe é devida.


A Deus e à Igreja confiamos Nosso gesto e Nossa consciência, certos de que os desígnios celestes hão de prover à Santa Sé um sucessor digno e capaz de dar continuidade ao serviço sagrado que ora deixamos. Rogamos aos Príncipes da Igreja que compreendam este ato não como fraqueza, mas como um testemunho de fidelidade, pois melhor é renunciar a um encargo do que desonrá-lo por insuficiência.


Confirmo, enfim, Nossa renúncia a todos os ofícios eclesiais que a Nós haviam sido incumbidos.


Que a bênção do Altíssimo permaneça sobre Nós, sobre a Santa Igreja e sobre aqueles que, guiados pelo Espírito, carregarão adiante a missão que nos foi outrora confiada.


Dado e passado no Palácio de Charlottenburg, na boa cidade de Berlim,
ao 10° dia de fevereiro do ano de 2025 da Graça de Nosso Senhor,
que é o 4º ano de Sua Majestade o Rei da Prússia,
23º ano do Excelente Império Alemão e o
2º de Sua Germânica Majestade o Kaiser.

 

Vester Rex Borussiae,

 

 

Königreich Preußen
Regnum Borussiae
Santa Coroa Prussiana
Casa Real
Berlim

Saibam todos os que estas Régias Letras lerem, ouvirem ou delas tomarem ciência, seja em tempos presentes ou vindouros, que ao décimo dia do mês de março, no ano do dois milésimo vigésimo quinto da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob os auspícios do Altíssimo, cuja divina providência orienta o curso das nações e dos corações dos príncipes, no fulgor de suas cogitações e sob o peso das muitas responsabilidades que lhe cabem por direito divino e humano, dirigir-se aos povos, aos dignitários eclesiásticos e seculares, bem como àqueles que, dentro e fora dos domínios que lhe estão confiados, devotam-lhe estima, respeito e obediência. Pois não é sem longa meditação, nem sem considerar o juízo da História e o dever perante a posteridade, que um monarca toma a pena para dar ciência de desígnios que tocam não apenas seu destino pessoal, mas o da Coroa, da Fé e dos muitos que de sua palavra dependem. Assim, impelido pela necessidade de tornar pública uma resolução que há muito repousa em sua consciência e que, após madura ponderação, se manifesta agora em ato consumado, viu por bem Sua Majestade Prussiana

CAROLUS QUARTUS HENRICUS, nascido Conde Alfons-Filip von Hohenzollern zu Bistritz, por intercessão da Divina Providência e sob a Augusta Benevolência de Sua Imperial e Germânica Majestade, magnificente e altaneiro Monarca da Prússia, onde ostenta Sua Santa Coroa, cujo domínio se estende desde os confins etéreos de Memel a Lick, na aurora resplandecente do Oriente, até as veneráveis ribeiras de Putzig a Deustch Krone e Thorn, no crepúsculo solene do Ocidente, Senhor supremo das antigas e históricas terras que vão da nobre Pomerânia até os sítios augustos de Brandemburgo, onde foi feito gloriosamente Margrave, etc etc etc traz saber sua


Carta de Renúncia aos Ofícios Eclesiais

À Santa Sé, aos Príncipes da Igreja, e a todos quantos estas palavras chegarem,

Com o peso da Santa Coroa Prussiana sobre a fronte e a solenidade que impõe a voz dos séculos, dirigimo-nos a Vós nesta hora para declarar, não sem ponderação e gravidade, a decisão que repousou longamente sobre Nosso espírito e que agora se impõe como necessidade incontornável.


Por longos e muitos anos, servimos a Deus e à Cristandade não apenas como Rei, mas também como Príncipe da Igreja, assumindo os altos encargos de Cardeal Camerlengo e Arcebispo de Mainz, honrarias que nos foram confiadas não como meros títulos, mas como encargos de custódia e zelo pela Fé, pelos fiéis e pelas sagradas tradições que nos precederam. A Igreja e o Reino, para Nós, não foram jamais esferas opostas, mas antes duas faces da mesma missão, ambas exigindo de Nosso coração e de Nossa consciência fidelidade inabalável e diligência absoluta.


Entretanto, há tempos que as obrigações impostas por ambos os tronos — o da Igreja e o da Monarquia — pesam sobre Nossos ombros de maneira que não mais podemos ignorar. A administração dos assuntos do Reino, com suas urgências e desafios, exige de Nós dedicação plena e ininterrupta, impossibilitando o zelo e o serviço adequado que os ofícios eclesiais requerem. Porquanto nenhum homem pode servir a dois senhores sem que um deles reste preterido, não desejamos incorrer na indignidade de prestar à Santa Igreja um serviço que não seja inteiro e irrepreensível.


Por esta razão, e com espírito de humildade diante da Vontade Divina, comunicamos Nossa renúncia aos ofícios que nos foram confiados no seio da Santa Igreja, resignando o título e as responsabilidades de Cardeal Camerlengo, bem como o Arcebispado de Mainz, entregando-os novamente às mãos do Beato Patriarca e do Colégio dos Cardeais, para que melhor servo e pastor seja elevado à dignidade que ora deixamos.


Não se trata, contudo, de um afastamento da Fé, pois esta, inquebrantável, habita Nossa alma, nem tampouco de um distanciamento da Santa Igreja, cujo altar sempre reverenciaremos e cujos desígnios sempre honraremos. Nossa renúncia não é a de um filho que se aparta de sua casa, mas a de um homem que reconhece o limite de sua mão e a necessidade de confiar a outros as rédeas de um encargo que já não pode cumprir com a justeza que lhe é devida.


A Deus e à Igreja confiamos Nosso gesto e Nossa consciência, certos de que os desígnios celestes hão de prover à Santa Sé um sucessor digno e capaz de dar continuidade ao serviço sagrado que ora deixamos. Rogamos aos Príncipes da Igreja que compreendam este ato não como fraqueza, mas como um testemunho de fidelidade, pois melhor é renunciar a um encargo do que desonrá-lo por insuficiência.


Confirmo, enfim, Nossa renúncia a todos os ofícios eclesiais que a Nós haviam sido incumbidos.


Que a bênção do Altíssimo permaneça sobre Nós, sobre a Santa Igreja e sobre aqueles que, guiados pelo Espírito, carregarão adiante a missão que nos foi outrora confiada.


Dado e passado no Palácio de Charlottenburg, na boa cidade de Berlim,
ao 10° dia de fevereiro do ano de 2025 da Graça de Nosso Senhor,
que é o 4º ano de Sua Majestade o Rei da Prússia,
23º ano do Excelente Império Alemão e o
2º de Sua Germânica Majestade o Kaiser.

 

Vester Rex Borussiae,