Königreich Preußen
Borussiae Regnum
AROLUS QUARTUS HENRICUS nascido Conde Alfons-Filip von Hohenzollern zu Bistritz, por intercessão da Divina Providência e sob a Augusta Benevolência de Sua Imperial e Germânica Majestade, magnificente e altaneiro Monarca da Prússia, cujo domínio se estende desde os confins etéreos de Memel a Lyck, na aurora resplandecente do Oriente, até as veneráveis ribeiras de Putzig a Deustch Krone e Thorn, no crepúsculo solene do Ocidente, Senhor supremo das antigas e históricas terras que vão da nobre Pomerânia até os sítios augustos de Brandemburgo, onde foi feito gloriosamente Margrave e protetor dessa venerável Marca, etcétera etcétera etcétera, com seus inúmeros títulos, graças e honras, em seu poder e prerrogativas, traz saber ao povo prussiano Sua régia vontade, quer que todos vejam e leiam sua
OITAVA LETRA DO REI DA PRÚSSIA
CARTA DE NATAL
A todos que a estas letras lerem, paz e bem.
Aos leais e estimados súditos do Reino,
Aos doutos irmãos membros do Clero da Santa Igreja de Roma,
Aos elevados pares membros do Colégio dos Príncipes Imperiais,
Ao excelso Imperador Alemão.
Alphonsus-Philippus Cardinalis de Hohenzollern ad Bistricium,
Cardeal Camerlengo da Santa Igreja de Roma,
Rei da Prússia
É Nossa terceira Carta Natalina à frente deste mais que excelso Reino, perfazendo próximo de cinco anos nas fileiras deste Excelente Império Alemão.
E neste momento em que o universo parece respirar a celestial harmonia que há dois milênios desceu dos céus em forma de uma criança divina, desejo, como vosso monarca e guardião, comunicar-me diretamente ao âmago de vossos espíritos. Esta época sublime, adornada pela sacralidade do Natal, evoca em cada alma a memória perene do nascimento do Salvador, o qual, com sua auréola de humildade, trouxe luz aos confins mais sombrios do mundo e depositou nos corações dos homens a semente da esperança.
Como Rei deste grandioso reino, que se estende como um farol de cultura, justiça e força, – eis que o mais glorioso entre os Estados Imperiais – sinto o chamado de elevar palavras que não apenas vos alcancem como cidadãos e súditos, mas que toquem vosso ser como partícipes de um desígnio maior, divinamente traçado. Pois a Prússia, esta augusta terra regida sob a égide da coragem e da virtude, é parte integral do plano eterno que o Altíssimo reservou para seus fiéis servos.
Que o espírito do Natal, ornado de paz, amor e benevolência, encontre abrigo em vossas almas como o viajante exausto que descansa à luz de um lar acolhedor. Refleti, pois, sobre o sacrifício que o Altíssimo fez ao enviar seu unigênito Filho ao mundo, não para comandar com cetros de ouro e espadas reluzentes, mas para ensinar aos homens que a verdadeira realeza habita no coração de quem serve, de quem ama e de quem perdoa.
Elevemos nossas mentes, portanto, ao recordar que este reino, sob minha regência, não apenas prospera por seu vigor e engenho, mas porque em cada megalópole, cada metrópole e cada cidade resplandece a chama da fé e da fraternidade. Que essa chama não se apague, mesmo diante das adversidades que o destino possa nos reservar. Pois, assim como o Menino Divino nasceu em meio à humildade de um estábulo, o espírito do Natal nos ensina que a verdadeira glória não reside na opulência terrena, mas na retidão e na virtude com que conduzimos nossas vidas.
Desejo-vos, pois, que ao reunirdes vossas famílias ao redor das mesas fartas e dos coros natalinos, sejais tomados por um profundo senso de gratidão. Gratidão pelo pão que vos alimenta, pelo teto que vos abriga e pelo calor do amor que emana de vossas relações. E, ao erguerdes vossos olhos ao céu estrelado, recordai que cada cintilação é um lembrete da presença divina que vela por nós com ternura e magnanimidade.
Mas, permiti-me não me limitar a exortar apenas à introspecção e à espiritualidade. Como vosso senhor, sinto o dever de enaltecer as virtudes que fazem deste reino um bastião de força e unidade. Que a perseverança de nossos camponeses, a lealdade de nossos soldados e a engenhosidade de nossos artesãos sirvam de exemplo para que todos possamos contribuir para a grandeza da Prússia. Pois, unidos sob o estandarte da paz e da justiça, somos inabaláveis perante qualquer tormenta.
E, assim, concluo esta mensagem com um apelo, não apenas ao vosso dever como súditos, mas à vossa essência como filhos do Criador. Que nesta noite sagrada, iluminada pelo esplendor da estrela do Oriente, cada lar prussiano se transforme em um templo de amor, onde rancores sejam desfeitos, feridas sejam curadas e as virtudes eternas do Natal sejam revividas com genuína devoção.
Que cada homem, mulher e criança deste reino se lembre de que, por mais humilde que seja sua condição, possui um papel singular no grande concerto da existência. Que o vosso labor, por mais simples que pareça, seja ofertado como um cântico ao Altíssimo, e que vossas vidas resplandeçam como espelhos da bondade divina.
DECRETO, por estas letras, a imediata distribuição de 20.000,00 táleres dos Cofres da Coroa a cada cidadão do Reino, em virtude da festa que se avizinha.
Finalmente, rogo a Deus, soberano dos céus e da terra, que conceda a cada um de vós saúde, longevidade e ventura, e que derrame bênçãos infindáveis sobre nosso amado reino, perpetuando a paz e a prosperidade que todos almejamos. Que esta celebração natalina seja um marco em vossas vidas, um lembrete de que, enquanto houver fé e união, nenhuma sombra poderá extinguir a luz que arde em nossos corações.
Subscrevo-me, portanto, como vosso régio servo, guardião e pai, e vos desejo, do âmago de meu ser, um Natal de infinita serenidade e júbilo, e um Ano Novo repleto de realizações e graças.
Que o ano jubilar que se inicia resplanceça a glória do Senhor sobre vos.
Dado e passado no Palácio de Charlottenburg, na boa cidade de Berlim,
ao 24º dia de dezembro do ano de 2024 da Graça de Nosso Senhor,
que é o 3º ano de Sua Majestade o Rei da Prússia,
22º ano do Excelente Império Alemão e o
1º de Sua Germânica Majestade o Kaiser.
Vosso Rei da Prússia,