Vyšehrad, Praga, 11 de abril de 2020 – Edição 32
Jan Petr z Vyšehrad é coroado Duque do Báltico
João IV é o primeiro monarca do Estado independente criado por tratado entre Alemanha e Rússia
Talín – Em meio às celebrações da Páscoa, novamente os chefes de Estado do continente reuniram-se para testemunharem a sagração de mais um soberano europeu. Nesta data, desde a Catedral de Aleandre Nevsky, em Talín, a capital báltica, o herdeiro mais jovem de Venceslau V da Boêmia recebeu a coroa e as insígnias de Duque do Báltico sob o nome régio de João IV (Jaan IV, na grafia em estoniano). Os altos dignatários da Casa Imperial alemã e dinastas da Bulgária, Itália, Turquia, Rússia e Maurícia prestigiaram o evento observando o protocolo litúrgico ortodoxo. A celebração completa pode ser acompanhada pelo canal oficial báltico.
O Estado báltico foi criado por iniciativa conjunta do czar Vladimir e do imperador Guilherme III através de tratado assinado em 19 de janeiro durante sessão do Congresso de Füssen. Pelo instrumento, Alemanha e Rússia reconheceram a independência das regiões russas da Estônia e Letônia para conformarem um ducado soberano não hereditário, caso único na Europa até o presente momento.
Pelas cláusulas do acordo a indicação de um titular para o trono do Báltico é de proposição alemã com anuência russa e desde a assinatura do tratado nenhum nome havia sido ventilado. Após meses de indefinições e com uma ação coordenada pelos reis da Boêmia e da Iugoslávia, o Kaiser e o Czar referendaram o nome de Jan Petr, ex-rei da Nova Inglaterra, que houvera abdicado de sua coroa no além-mar para ingressar como o mais jovem monarca europeu fugindo dos efeitos devastadores da pandemia que assola a América do Norte. Um passo profundamente ousado e que refletiu o espírito desbravador da Casa de Vyšehrad em tempos de profunda incerteza.
Com a coroação de João IV do Báltico totalizam-se dezessete Estados independentes no Velho Mundo, nove deles (Alemanha, Andorra, Escandinávia, Espanha, França, Itália, Iugoslávia, Portugal e Rússia) integrando o Congresso de Füssen. Espera-se que a estreia internacional do novo duque reinante seja durante as plenárias da II Microcon que ocorrerá este mês.
As monarquias Hohenzollern
A coroação do duque João IV também consagra um novo patamar para a família imperial alemã. A dinastia do imperador Guilherme III afirma-se como a Casa reinante com mais coroas sob sua soberania, superando a Casa Pellegrini, do rei Francisco III da Itália outrora detentora do status. A família guilherminiana é reinante na Alemanha, Báltico, Boêmia, Luxemburgo, Maurícia, Iugoslávia e Prússia, enquanto que os “falcões” franciscanos ocupam os tronos da Itália, Pathros, além da própria Alemanha, considerando que o Kaiser é filho do rei italiano.
Naturalmente esta contabilidade adota como parâmetro uma abordagem essencialmente purista, pois o nome Pellegrini em terras germânicas é assumido por alguns integrantes da genealogia imperial. A linhagem Hohenzollern-Pellegrini abarca o próprio imperador e três de seus filhos: o príncipe Douglas da Baviera, e possível candidato à dignidade majestática num hipotético Estado bávaro, o grão-duque Rodrigo de Luxemburgo e o conde Conrado de Klagenfurt. Pela descendência do rei Venceslau da Boêmia, irmão do Kaiser, a linhagem Hohenzollern-Vyšehrad abarca o rei Alexandre da Iugoslávia e o duque João do Báltico. Os últimos membros da família imperial são o rei Carlos Frederico da Prússia, tio do Kaiser, sem descendência reconhecida, e o stadhouder Lucas de Maurícia, filho do Kaiser, o qual preside a linhagem Hohenzollern-Woestein com descendência naquele país.