Casa Imperial da Alemanha
Mensagem sobre os 147 anos
da unificação alemã
Munique, 25 de janeiro de 2018.
Senhoras e senhores,
Em janeiro de 1871, depois de se consolidar como líder do mundo germânico na sequência de guerras contra a Dinamarca, a Áustria e a França, o Reino da Prússia logrou unificar os principados alemães em um Império e, assim, abrigar a maioria dos povos germânicos sob um único Estado. A emblemática proclamação do Reich, realizada na Grande Galerie do Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, teve um significado duplo: ao mesmo tempo em que afirmava a soberania germânica sobre as terras que iam do Reno até às fronteiras dos países bálticos, também mandava mensagem definitiva a todos os outros países que, como a França, pudessem ousar atentar contra a integridade do Império.
Acima de tudo, unificação alemã teve sérias implicações sobre as relações internacionais europeias, obrigando grandes e tradicionais potências a reavaliarem suas posições. A Grã-Bretanha seria mais tarde obrigada a sair do isolamento esplêndido desenhado por Disraeli ao ver seu comando sobre os mares e oceanos do mundo desafiados pelo Império. A França, que desde Richelieu conspirava para impedir a emergência política da Alemanha, e derrotada na Guerra Franco-Prussiana, viu sua monarquia mais uma vez, e definitivamente, dissolvida. A Áustria, por sua vez, havia sido deslocada como grande potência germânica e precisava decidir como se reorganizar para manter unido o seu império multinacional.
Durante dezessete anos, o chanceler Otto von Bismarck desenvolveu de forma habilidosa uma intrincada teia de acordos diplomáticos que protegeriam o Império de possíveis agressões. As relações dinásticas e os laços familiares serviram de base para manutenção da paz europeia enquanto os políticos a sustentavam dentro dos preceitos estabelecidos pelo Congresso de Viena de 1814, que logrou manter a paz até 1914.
Aquele espírito de pragmatismo responsável reside até hoje neste IV Reich Alemão. A Casa Imperial tem executado a política externa alemã com a consciência de que é importante para a lusofonia que se busque promover a harmonia e a conciliação entre todas as nações, deixando claro, no entanto, que qualquer violação da integridade Imperial ou agressão aos interesses alemães serão combatidos da forma mais aguerrida e energética possível, em todos os níveis.
Neste momento de celebração, agradecemos a nossos parceiros italianos, pathranos, maurenses e maryenhos pela cooperação e amizade no plano internacional, certos de que os frutos dessa relação reverterão benefícios duradouros a toda nossa comunidade de nações. A Casa Imperial também menciona os cidadãos Ulrich Egon e Karl Gustav, que, mesmo com pouco tempo de nacionalidade alemã, têm se destacado da forma mais positiva na condução dos assuntos alemães, na consolidação política das instituições imperiais, e na propagação dos ideais de germanismo e monarquia que são corporificados por este eterno Reich.
Saudações alemãs,