Casa Imperial da Alemanha
Resposta à manifestação francesa
na Liga das Micronações
Munique, 18 de novembro de 2017.
Senhor Secretário-Geral Karl Gustav,
Senhor Presidente da Assembleia-Geral Tywin de Ítaca,
1. De acordo com orientação do Secretariado e da Presidência da Assembleia-Geral da Liga das Micronações, a Delegação Alemã junto àquela organização vem responder à manifestação francesa atinente aos questionamentos apresentados pelo comando da Casa no bojo do processo de sua progressão à categoria de Membro Pleno.
2. De pronto ressaltamos nossa indignada surpresa diante da miríade de falsidades apresentadas pelo monarca francês à nossa estimada instituição, em particular referência a suas afirmações sobre o Tratado de Leeuwen (link abaixo), através de que a França tenta anexar os Países Baixos.
3. Sua Majestade francesa inicia sua declaração afirmando que o território sobre o que governa é “o mesmo desde sua criação“, a saber, a França e Mônaco com fronteiras vigentes no ano de 1914. A respeito do acordo com os Países Baixos, o chefe de estado afirma que se trata apenas de “um acordo de cooperação entre o Estado Francês e os Países Baixos“, e não de uma anexação.
4. Resta à Liga das Micronações responder ao seguinte questionamento: seria o monarca francês incapaz de ler os documentos assinados por seu país, ou estaria ele, clara e francamente, achando que a mais respeitada organização multilateral lusófona é um clube de imbecis e analfabetos?
5. O Tratado de Leeuwen, que é, na verdade, uma versão do Tratado de Timisoara pelo qual o Império Alemão anexou os Principados Unidos da Valáquia e Moldávia em dezembro de 2015 (link), e cujo autor foi o Imperador Alemão, integra e transforma os Países Baixos em “unidade autônoma“ dentro do Estado francês – com efeito, uma anexação – e não menciona sequer uma vez a palavra “cooperação“, citada pela Delegação Francesa.
6. Além disso, ao anexar a Dinamarca através dos Países Baixos, com efeito, a França toma o Ducado de Schleswig-Holstein, de posse alemã desde 1864. E aqui, novamente, o monarca francês exibe sua contumaz má-fé ao afirmar que “nunca teve reivindicações sobre” aquele território.
7. É ofensivo que um Estado que pretende ser alçado ao topo da composição desta organização faça uso do plenário para enganar e mentir a todas as Delegações presentes, costurando uma interpretação dissimulada e imaginária que pode muito bem ser integralmente refutada por qualquer pessoa em pleno uso de suas faculdades mentais.
8. Condenamos, como já havíamos condenado durante a Questão Suíça, as desembestadas aspirações imperiais francesas, coroadas por mentiras, ignorância e descontrole. Condenamos, mais uma vez, a má-fé e evidente presunção com que a França conduz sua política externa, e condenamos, acima de tudo, o monarca francês, por ser a antítese do que dever ser qualquer príncipe digno de seu povo e de sua augusta posição.
9. A conduta francesa que verificamos ao longo dos últimos meses é um ataque à inteligência de qualquer indivíduo minimamente capacitado, e seu comportamento leviano e deslumbrado é uma agressão a todo o nosso subsistema Lusófono. Comportamento igual somente é visto nos Estados e líderes mais jovens, inexperientes e incautos, sem qualquer noção de statecraft ou de humildade, que se julgam melhores que todos.
10. Urgimos ao Secretário-Geral, à Presidência da Assembleia-Geral e a todas as Delegações presentes na Liga das Micronações que comparem as declarações francesas à letra do Tratado de Leeuwen, e formem seu próprio juízo sobre o tipo de governo que tenta construir o monarca na França e, diante do absoluto despautério que foi sua resposta, com efeito, descontinue o processo de elevação francesa nesta organização.
Saudações alemãs,
MENSAGEM FRANCESA:
Excelentíssimo Senhor Presidente,
Demais Membros da Liga,
Conforme foi solicitado, vem prestar os devidos esclarecimentos conforme a ordem:
- A configuração do território francês é a mesma desde a sua criação, a representação macro da França e o Mônaco, resguardando os territórios pertencentes Alemanha macro em 1914;
6 . O Tratado de Leeuwen é um acordo de cooperação entre o Estado Francês e os Países Baixos com validade de 06 meses da data de sua assinatura, tendo como objetivo prover uma estrutura técnica.
Os Países Baixos tem o Status de Região Administrativa, com autogoverno, tendo os seus nacionais direito a cidadania francesa.
Os territórios revindicados pelos Países Baixos correspondem a sua própria história micronacional, dos quais a França desconhece qualquer lide a respeito.
- Nunca tivemos ou teremos reivindicações sobre o Ducado de Schelswig-Holstein.
Em tempo, o Estado Francês desconhece até o presente momento qualquer usurpação pelos Países Baixos e seu projeto micronacional de quaisquer territórios pertencentes a um Membro da Liga.
A França também não vislumbra que esse acordo de cooperação seja impeditivo para sua Progressão á categoria de Membro Pleno.
Em tempo, vale salientar que não temos nenhuma pretensão expansionista, muito menos colecionar territórios de forma irresponsável e infrutífera.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Fernando II, monarca francês.